SONEGAÇÃO FISCAL
Autor do requerimento que busca instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa (ALMT) para investigar sonegação e renúncia fiscal, o deputado Wilson Santos (PSDB) acredita que o rombo pode ultrapassar R$ 2 bilhões.
O parlamentar disse em entrevista na Rádio Vila Real, do Grupo Gazeta de Comunicação, que a investigação é perigosa, já que mexe com interesses financeiros. “Nós vamos mexer com gente poderosa, com gente grossa. Com gente que sonega, e que sonega grosso”, disse nesta segunda-feira (11).
Wilson pontuou que a CPI não terá pressão do governo para que deputados da situação retirem suas assinaturas. “Eu falei com o secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, me garantiu que o governo não fará pressão nenhuma”.
A CPI será formada por 5 deputados titulares e 5 suplentes. “Caberão aos líderes de blocos a indicação e a proporcionalidade de cada bloco”.
O deputado revelou que um empresário do ramo de combustíveis relatou que só em seu segmento a sonegação chega a R$ 100 milhões ao ano. Segundo o parlamentar, as outras duas CPIs realizadas na ALMT, de 2014 e 2016, com o mesmo objetivo, não produziram resultados necessários.
De acordo com o deputado, não ocorreu devolução de valores para os cofres do estado e punição de ninguém. “Nós vamos começar esta CPI dando aos órgãos de controle, como Ministério Público do Estado, Ministério Público Federal, Controladoria-Geral do Estado, a oportunidade para que eles possam apresentar quais foram os procedimentos, quais foram as medidas tomadas pelas CPIs de 2014 e 2016”.
O pedido da CPI, que já conta com 9 assinaturas, deve ser apresentado nesta terça-feira (12) durante sessão plenária. Assinaram Elizeu Nascimento (DC), Valdir Barranco (PT), Lúdio Cabral (PT), Janaina Riva (MDB), Dr. João (MDB), Thiago Silva (MDB), Delegado Claudinei (PSL), João Batista (Pros) e o próprio Wilson Santos.
Fonte: GD (Com informações da assessoria)