O final de semana foi movimentado nas redes sociais, devido a recepção calorosa que o governador Mauro Mendes Ferreira (DEM) teve em Sorriso, cidade localizada a 420 km de Cuiabá, onde foi participar do evento, que marca o encerramento da colheita de soja e o início do plantio do milho no Estado.
O problema com os agricultores surgiu com a medida de taxação do agronegócio, que faz parte do “pacotão” de austeridade anunciado pelo governo no início do seu mandato.
Enquanto o ex-governador José Pedro Gonçalves Taques (PSDB) demorou cerca de quatro anos para receber o resultado das suas ações, como gestor do Estado, sofrendo a pior derrota eleitoral já registrada na política mato-grossense, Mauro Mendes conseguiu bater o período de avaliação popular, com uma vaia ensurdecedora, calou qualquer dado de suposta pesquisa, mostrando que o povo do interior, também não está satisfeito com as medidas de austeridades impostas para alguns.
No início da semana passada, Mendes já enfrentou a primeira manifestação na capital, quando teve a participação de centenas de profissionais do estado, que parou o Centro Político Administrativo, cobrando equidade nas medidas tomadas pelo governo.
“O pau que está batendo em Chico, não é o mesmo de Francisco, porque os poderes como o Ministério Público, os Tribunais e a Assembleia Legislativa do Estado não sofreram corte e muito menos atrasos nos repasses, pelo contrário, receberam foi aumento de recursos, o ditado popular diz que a corda arrebenta do lado mais fraco, mas se o governador está achando que o funcionalismo público é fraco, nós vamos mostrar pra ele a nossa força, a nossa manifestação é composta por pai e mãe, pessoas que dependem deste salário para sustentar a família”, declarou indignado um manifestante que participou da caminhada na semana passada e pediu para não ser identificado, temendo represália.
Mendes ainda tem medidas anunciadas que podem piorar ainda mais a sua imagem de bom gestor, como a questão do aumento do desconto da contribuição previdenciária, que hoje é de 11% passará para 14%. Sem falar da grande “bomba”, que está para explodir, com redução do teto salarial do funcionalismo público, equiparando ao máximo com o salário do governador, que pode chegar aos R$ 25.000, esta última medida vai mexer com grandes nomes dos funcionários públicos do Estado.
Essas duas medidas, a do aumento da contribuição e a do teto salarial, são ações que vão mexer com todos os funcionários do públicos estado, dos menores aos maiores, caso a medida venha sair do papel, não vai ter mais privilegiados neste setor, resta saber se todos vão ficar calados.
Batata quente
Mesmo arrecadando mais de R$ 5 bilhões, nos primeiros dias do ano, correspondente a impostos federal, estadual e municipal, de acordo com o site www.impostometro.com.br, o governo está mantendo a venda de crise, porém deu continuidade a isenção ou incentivo fiscal para algumas empresas, que ultrapassa a cifra dos bilhões, que deixam de entrar nos cofres públicos, e estão realizando os repasses com aumentos e religiosamente em dia, para os Poderes.
Por outro lado, salários atrasados e parcelados, 13ª atrasado e parcelado, RGA sem previsão, o sistema de Saúde vive um caos, a Segurança Pública, nem o número de viatura necessário para proteger a sociedade tem, a precariedade nas condições de trabalho na Educação, afeta os profissionais que podem comprometer o futuro dos estudantes.
Ou seja, motivos de sobra para ter uma greve geral o povo já tem conhecimento, jogar o culpa de uma paralisação em cima da busca de boa vida dos funcionários públicos, não cola mais, agora a verdadeira crise está batendo na porta da gestão Mauro Mendes que pode começar a dar adeus para o seu futuro na política do Estado. – (Lauro Nazário)
Fonte: Blog do Valdemir