Lava Jato diz que defesa de Lula quer ‘ampliar teoria da conspiração’

ReproduçãoLula durante depoimento à juíza Gabriela Hardt

A força-tarefa da Lava Jato divulgou nota na sexta-feira (1) na qual afirma que a contratação de uma perícia particular pelos advogados do ex-presidente Lula para contestar a sentença que condenou o petista no caso do sítio de Atibaia é “mais um ataque” à juíza Gabriela Hardt.

A defesa do ex-presidente alega que a magistrada “usou o mesmo arquivo de Sergio Moro” – no caso do triplex no Guarujá – para condená-lo pelo numa tentativa de desqualificar a sentença dela.

“A cada nova acusação e condenação, em diferentes jurisdições, instâncias e por diferentes agentes públicos, a defesa amplia forçadamente sua teoria da conspiração de perseguição política”, diz a nota do Ministério Público do Paraná, que segue abaixo.

“Inconformados com a sentença que condenou Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio de Atibaia, seus advogados encomendaram uma perícia particular para, com base em termos e padrões estéticos da sentença condenatória, mais uma vez atacar a magistrada Gabriela Hardt.

O apego da defesa a aspectos secundários e marginais das sentenças condenatórias já proferidas em face do ex-presidente, manifestamente insignificantes, revela mais uma tentativa forçada de retirada do caso do Juízo competente, por meio do ataque à pessoa de seus julgadores.

Isso denota a imensa dificuldade que a defesa tem de enfrentar o mérito da nova sentença condenatória proferida pela juíza Gabriela Hardt, técnica e assentada em dezenas de provas que comprovam a responsabilidade criminal do ex-presidente Lula pela prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

A cada nova acusação e condenação, em diferentes jurisdições, instâncias e por diferentes agentes públicos, a defesa amplia forçadamente sua teoria da conspiração de perseguição política, para apresentar uma inacreditável hipótese de que dezenas de procuradores e juízes técnicos e independentes estariam concertados em promover uma suposta injustiça contrária à obrigação de seus cargos.

A defesa tem todo direito de se insurgir contra as condenações, recorrendo aos tribunais, mas que o faça em contestação à fundamentada e bem lançada sentença, enfrentando as provas consistentes que pesam contra o ex-presidente e não desvirtuando aspectos formais irrelevantes para atacar pessoalmente os agentes públicos, em sua irresponsável cruzada política”.

Fonte: Jovem Pan

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