STF enterra crimes comuns na Justiça Eleitoral e impõe derrota para a Lava Jato

Julgamento durou dois dias e foi decidido no último voto

O Supremo Tribunal Federal (STF) enterrou a Operação Lava Jato nas entranhas da Justiça Eleitoral. Por seis votos contra cinco, o Tribunal decidiu na noite desta quinta-feira (14) que a Justiça Eleitoral tem competência para conduzir inquéritos de crimes comuns (não eleitorais), como corrupção e lavagem de dinheiro, quando houver conexão com delitos de campanha.

A decisão pode afetar centenas de casos e salvar políticos como Michel Temer, Dilma Rousseff, Guido Mantega, Aécio Neves e Eduardo Paes. Além disso, muitos dos alvos da operação Lava Jato já condenados poderão se aproveitar da situação. Ao todo, 159 pessoas podem ter suas condenações anuladas, o que afetaria não só as futuras investigações da Lava Jato, assim como todo o seu legado.

A dúvida que fica no momento é: se o STF poderá mandar tudo para a Justiça Eleitoral, porque não iriam anular a condenação do ex-presidente Lula ?

A Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pelo Ministério Público Federal(MPF), que pediu que a Justiça Eleitoral fosse considerada incompetente para analisar os casos, já que não teria a “estrutura” necessária para tal.

Todo o julgamento, iniciado na quarta-feira (13) pelo relator Marco Aurélio Mello, preocupou a força-tarefa da Operação Lava Jato, que foca em crimes comuns ligados a eleições, e era contra a apreciação pela Justiça Eleitoral, que tem punições mais brandas.

Votaram para remeter casos à Justiça Eleitoral:

  • Marco Aurélio Mello;
  • Alexandre de Moraes;
  • Ricardo Lewandowski;
  • Gilmar Mendes;
  • Celso de Mello;
  • Dias Toffoli, presidente da Corte.

Votaram para deixar casos na Justiça Federal:

  • Edson Fachin;
  • Luís Roberto Barroso;
  • Rosa Weber;
  • Luiz Fux;
  • Cármen Lúcia.

Fonte: Jovem Pan

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