Witzel volta a defender uso de snipers por policiais do Rio de Janeiro

Governador do Rio de Janeiro afirmou que atiradores especiais podem ajudar a polícia no confronto com traficantes e foi rebatido pelo MP

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Romério Cunha/VPR

Wilson Witzel participou de evento sobre segurança e defesa nesta terça-feira (02)

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), voltou a defender o uso de snipers em algumas ações de policiais no Estado. A afirmação aconteceu durante a feira LAAD Defence & Security 2019, que debate segurança pública na América Latina.  Também participaram do evento o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

O uso de snipers por policiais no combate a portadores de fuzis foi um dos motes da campanha de Wilson Witzel durante as eleições. Chamada de “lei do abate”, a ação prevê reduzir a ameaça em locais de franco combate contra o tráfico de drogas.

“O uso dos snipers é constitucional e perfeitamente legal. Não tem motivo para não ser implementado”, disse o governador.

Apesar de presente ao evento, o vice-presidente Hamilton Mourão não quis entrar no tema e apenas enalteceu as ações de segurança pública com resultados positivos nos últimos meses.

Ministério Público pede informações sobre proposta de Witzel

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Reprodução

Forças Especiais do Exército já são autorizadas a usar snipers; Witzel quer uso também por policiais

Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) enviou ofícios às autoridades fluminenses sobre o uso de snipers (atiradores de elite) na segurança pública do Rio de Janeiro. O MPRJ quer saber se os policiais estão sendo usados para executar pessoas que estejam portando fuzis.

Durante campanha para o governo do estado, o governador fluminense prometeu que usaria esses atiradores para matar pessoas que estivessem portando fuzis. Nesta semana, em entrevista ao jornal O Globo , ele afirmou que os snipers já estavam sendo usados, mas que não havia divulgação sobre isso porque eram ações sigilosas.

Os ofícios do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) do MPRJ, que pedem explicações sobre a prática, foram enviados para os secretários de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, e da Polícia Militar, Rogério Figueiredo Lacerda.

Os documentos fazem parte de dois inquéritos civis que investigam as rotinas operacionais das polícias Civil e Militar.

Na segunda-feira (1º), o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, encaminhou ao Gaesp/MPRJ representação em que a deputada estadual Renata Souza (PSOL) requer a apuração dos fatos referentes às afirmações de Wilson Witzel sobre o uso de snipers pela polícia.

Fonte: Último Segundo – *Com informações da Agência Brasil

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