Para a deputada, ataques de Olavo de Carvalho são mais duros que os da esquerda e apoiadores criam conspirações desnecessárias sobre o vice
A deputada federal Janaina Paschoal (PSL-SP) afirmou, em entrevista ao Valor Econômico , que não se arrepende por ter recusado o convite para ser vice de Jair Bolsonaro. A parlamentar comentou a polêmica envolvendo Hamilton Mourão, o escritor Olavo de Carvalho e o filho do presidente, Carlos Bolsonaro e afirmou sentir pena do general.
“Acha que eles estariam felizes comigo? Tenho certeza de que não. Então graças a Deus. Não poderia abrir a minha boca que iam achar que eu queria derrubar Bolsonaro. Tenho pena do Mourão, coitado”, opinou Janaina Paschoal .
A deputada falou sobre as críticas ao vice-presidente, que se intensificaram quando Carlos compartilhou um vídeo no qual o Olavo atacava os militares e parlamentares da base aliada do governo. Depois disso, tanto o vereador como o escritor fizeram várias publicações sobre o general nas redes sociais.
“Quando pedi o impeachment de Dilma, fui atacada pela esquerda, mas os ataques do Olavo foram muito mais duros. Estava isolada, agredida pela esquerda e comecei a ser metralhada por ele e pelos seguidores dele. Quando o presidente me convidou para ser vice, foi igual. Essas pessoas não queriam que eu fosse a vice e pediram Mourão. O presidente escolheu quem eles pediram. Agora estão atacando o homem. Dá para entender?”, criticou Janaina.
Para a parlamentar, os olavistas estão errados sobre o vice-presidente e criam conspirações desnecessárias. “A vida toda Olavo elogiou os militares e agora critica”, ressaltou. Janaina também defendeu Carlos e afirmou que ele está “em uma situação emocional que precisa ser compreendida”.
“Eles não vão mudar, é a dinâmica da família. Não tem jeito. Os quatro anos vão ser assim. A gente é que vai ter que se acostumar. Mas não consigo ver nada por parte do vice que enseje tanta preocupação”, concluiu Janaina Paschoal.
Fonte: Último Segundo