A sociedade entre o MT Gás e a Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB), estatal boliviana responsável pelo gás exportado, irá trazer de volta aos postos o gás natural veicular (GNV). Essa é a perspectiva do contrato que será fechado entre as duas empresas, mas que ainda não tem data para ser assinado.
Depois da visita do governador Mauro Mendes (DEM) ao presidente da Bolívia, Evo Morales, foi a vez do ministro de Hidrocarburos, Luís Alberto Sánchez Fernández devolver a visita na tarde de quinta-feira (27), para tratar mais detalhes da negociação, que será feita em forma de sociedade.
O retorno do GNV pode ser a ‘salvação’ do MT Gás, que esteve entre as empresas que poderiam ser extintas pela atual gestão. “O MT Gás era um CNPJ e uma sala emprestada. É um sonho que foi criado e nunca virou realidade. Mas, com essa
sociedade, essa empresa começará a ter valor e confiabilidade para poder vender’, explicou o governador.
A confiabilidade a que Mendes se refere é a garantia de abastecimento, o que nunca ocorreu com o MT Gás, que teve crises de abastecimento, porque os contratos feitos não tinham cláusula contra a interrupção.
Para o governo boliviano, a parceria irá abrir novos mercados e reduzir a burocracia para vender não só o gás veicular em território brasileiro.
“Queremos viabilizar a sociedade entre o MT Gás e a YPFB para fornecer GNV, GLP [gás de cozinha] e fertilizantes, com segurança e confiança para abastecer o mercado. Em 15 dias voltaremos a nos reunir para ver a situação jurídica e virar um final feliz, onde podemos firmar o acordo”, afirma o ministro boliviano.
Caso a sociedade seja firmada, a previsão é que o acordo tenha 15 anos de validade, além do fornecimento de 2,5 milhões de metros cúbicos de gás, que serão usados para ativar a usina termelétrica no estado, além da venda para o mercado.
Fonte: GD (Thalyta Amaral)