Deputado Waldir Soares lembrou a importância de preservar economia de R$ 1 trilhão em dez anos
O líder do PSL na Câmara dos Deputados, delegado Waldir Soares (GO), confirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tentou intervir e atender ao pedido dos policiais civis e federais, que querem ser incluídos nas regras de aposentadoria especiais das Forças Armadas, mas não obteve sucesso. De acordo com o parlamentar, Bolsonaro não conseguiu convencer nem o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), nem o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que essa seria uma boa decisão.
“Ontem o presidente [Bolsonaro] tentou intervir, mas isso é algo que precisa combinar com o relator, com o Rodrigo Maia, com o Paulo Guedes… Bolsonaro ligou para o relator [Samuel Moreira] e para o líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO). Tentamos fazer a ponte, mas não existe convencimento do relator, nem de Maia e nem de Rogério Marinho[secretário especial da Previdência]”, declarou Soares em entrevista ao Jornal da Manhã nesta quarta-feira (3).
Ele também disse que, além de precisar convencer Moreira, Maia e Marinho, era preciso aprovação e convencimento da equipe econômica, que está em busca de manter a meta da economia de R$ 1 trilhão em dez anos com a reforma da Previdência, algo que é “extremamente importante para o país.” “O presidente pode pedir, mas sabemos o quão importante é essa economia”, afirmou.
Segundo Soares, neste momento, “se abrir exceção para uma categoria, abre para todos os demais”, e isso não pode acontecer. “Temos que ter um cuidado especial com a aposentadoria dessa categoria, é assim no mundo todo, mas não podemos tratar isso como privilégio e nem fugir do R$ 1 trilhão”, ressaltou.
Fonte: Jovem Pan