Indicação de Eduardo Bolsonaro foi ‘erro’ e seu resultado ainda é incerto

A senadora acredita que sabatina de Eduardo será mais difícil

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, Simone Tebet (MDB-MS), classificou a indicação do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para o cargo de embaixador no Brasil nos Estados Unidos como um “erro estratégico e político”. Segundo ela, até o momento não é possível saber qual será o resultado da votação sobre o assunto na Casa.

“Acho que ter indicado o filho foi um erro estratégico e político do presidente, mas isso já está na mesa, é uma carta que já foi. Agora, vai depender de cada parlamentar e seu juízo de valor. Eu não estou da comissão de Relações Exteriores, mas sei que a votação será muito apertada e que, pelo menos por enquanto, ainda não dá para saber o resultado”, declarou, em entrevista ao Jornal da Manhã nesta segunda-feira (2).

Segundo a senadora, apesar do processo de aprovação de um embaixador ser mais simples, a tendência é que a sabatina do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) seja mais difícil. “Por ser filho do presidente, é óbvio que ele vai ser mais cobrado. Os senadores vão querer ter certeza absoluta de que ele está mesmo preparado”, disse.

Reforma da Previdência

Sobre a reforma da Previdência, prevista para ser votada na CCJ do Senado já nesta quarta-feira (4), Tebet elogiou o trabalho do relator, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Para ela, as alterações feitas no texto vindo da Câmara dos Deputados – como o veto às mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada) e pensão por morte – foram corretas.

“Com a retirada dessas medidas, o impacto na economia da reforma foi de apenas R$ 3 bilhões por ano, o que representar R$ 30 bilhões em dez anos dentro de um projeto com economia de R$ 1 trilhão. É uma desidratação irrisória perto da justiça dessas alterações”, comentou.

Ela afirmou, ainda, que torce para que os estados e municípios participem da reforma através da PEC paralela proposta por Jereissatti, para ser iniciada após a votação em plenário da nova Previdência. “Apresentar a PEC com essas alterações vai precisar de todo o trâmite da reforma principal mas, como são temas que já foram debatidos em audiência pública, ela não precisará, por exemplo, ficar 30 dias na CCJ, e sim 10. Até onde eu sei, há um acordo com o presidente da Câmara de que, se aprovada no Senado, a PEC paralela terá tramitação célere também na Câmara, para incluir os estados e municípios. Aí, teríamos uma economia de R$ 350 bilhões só falando na previdência através deles.”

o Jereissati já leu o relatório, demos vista automática coletiva e quarta começamos discussão e votação na CCJ. Pelo regimento, que senador de apresentar voto em separado, vamos começar um pouco antes, vamos dar um tempo para leitura desses votos, a principio 1.O senador, da comissão ou não, pode participar do debate, em torno de 10 minutos para se manifestar, vai tarde a dentro, em seguida vamos para voto. Voto de uma PEC é simbólico na CCJ, mas qualquer um pode pedir verificação e abrimos o painel.

Reforma tributária

Questionada sobre a falta de um projeto do governo para a reforma tributária, a senadora disse que conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse que intervirá após o avanço da matéria no Congresso Nacional.

“Guedes entrou para o governo como o menos político e é, hoje, quem tem mais jogo de cintura e percebeu como é a política em uma democracia, que não vem de cima para baixo. Isso é louvável”, elogiou. “Ele disse que sabe que o Congresso é soberano e tem a palavra final, e que o governo está trabalhando nos números, mas quer ver o avanço do texto para intervir.”

Fonte: Jovem Pan
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