Duplicação do contorno norte de Cuiabá e Várzea Grande tem parte dos recursos garantidos
*Por Itimara Figueiredo
Desafogar o trânsito e fomentar o comércio local. São fatores decisivos para a retomada das obras de duplicação do contorno norte de Cuiabá e Várzea Grande, o chamado rodoanel. A afirmação foi feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), autor da audiência pública, realizada na ultima segunda-feira (09), no auditório Milton Figueiredo, em parceria com o Senado Federal e a Câmara Municipal de Cuiabá. A obra interligará o Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, ao Distrito Industrial, de Cuiabá.
Para o deputado, há certeza que vai ser construída a obra, tanto que a audiência foi fundamental para discutir a engenharia do projeto e os impactos econômico e social. “O rodoanel é muito importante, uma vez que, o trânsito tem paralisado muito. É uma lentidão que atrasa tudo, atrasa cargas e viagens, cria transtorno para o perímetro urbano. Então, o rodoanel vem para resolver o problema, tanto da baixada cuiabana, quanto para o comércio de um modo geral, principalmente da região de Praia Grande e Bonsucesso que ficou prejudicada por conta do trânsito nesse local. É importante discutir como será a comercialização, a construção, a integração desse perímetro com a área urbana”, disse o parlamentar, ao ressaltar que parte dos recursos está garantida e a expectativa é de que seja concluída conforme a política do presidente da República Jair Bolsonaro e do governador do estado, Mauro Mendes, de que toda obra iniciada seja devidamente concluída”, afirmou Botelho.
Com previsão de custo de R$ 560 milhões, serão 52 km de pista duplicada, sendo 41 km em Cuiabá, e 11 km em Várzea Grande, com impacto direto em mais de 39 bairros, atingindo cerca de 420 mil pessoas. O projeto é ligar a região do Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, até o Distrito Industrial de Cuiabá, passando pela BR 163/364 em Várzea Grande, na altura do rio Pari e pela BR 070/163/364 em Cuiabá, na região do Sinuelo. “Reduzirá o fluxo de veículos nas principais avenidas e descongestionará o núcleo central da cidades, dando celeridade ao trânsito”.
Em seu discurso, Botelho lembrou os impactos que causará de forma positiva, inclusive, no plano diretor das duas cidades, afetando diretamente a administração do espaço urbano e seu planejamento. Cita como exemplo a construção da Avenida das Torres, em Cuiabá, que fomentou o desenvolvimento local.
“Um bom projeto é aquele em que toda a população ganha direta ou indiretamente. E este é o nosso objetivo com esta audiência, chamar a população para entender, opinar, aparar todas as arrestas, divulgar, publicitar para que todas as contribuições possam ocorrer e assim sair da melhor forma possível”, disse Botelho.
“Essa obra está paralisada, inclusive, com dinheiro na conta há mais de cinco anos. Essa audiência pública vem para chamar a atenção para esta situação tendo em vista que o dinheiro está na conta e a obra não está realizada. São 11 quilômetros que estão prontos, que fazem a ligação do Sucuri até a estrada da Chapada dos Guimarães. O que falta é a adequação do projeto e a licitação da obra por parte do governo do estado”, esclareceu o representante do senador Welinton Fagundes, José Marcio Guedes.
O superintende da Regional de Mato Grosso da PRF, Francisco Élcio explicou que o impacto será grande e 100% dos veículos que utilizam a região metropolitana apenas de passagem, vão utilizar o rodoanel. “Devido a mistura de veículos do centro metropolitano com os de cargas tem impactado bastante os acidentes porque as rodovias não são preparadas para receber esse volume e também compartilhar o perímetro urbano. Com essa mudança, teremos redução significativa dos acidentes”, ressaltou o superintendente.
“É uma obra que vai integrar toda a baixada cuiabana. O rodoanel tem algumas novas melhorias e a sociedade cuiabana precisa saber disso. Estamos juntos nessa luta para ver o rodoanel virar realidade na vida da sociedade”, disse o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Misael Galvão.
Carlos Brito esclareceu que há possibilidade de contrapartida do governo do estado. E chamou a atenção para que os municípios afetados se antecipem verificando o impacto da obra. Também participou o superintendente do DNIT, Orlando Fanaia.