Movimento já conta com o apoio do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), membros do Centrão e do PT
Parlamentares da Câmara dos Deputados articulam, nesta quarta-feira (18), um acordo para retomar o projeto rejeitado ontem (17) pelo Senado Federal, que afrouxa as regras eleitorais e diminui a transparência do uso de verbas públicas para partidos e candidatos. De acordo com o blog do Camarotti, líderes das bancadas estão discutindo o “custo-benefício” de trazerem de volta o texto original, mesmo que essa decisão traga desgaste à Casa.
No início do mês, com o aval dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a proposta foi aprovada em uma votação às pressas na Câmara. Nesta terça-feira (17), a intenção era de que ela fosse aprovada da mesma forma no Senado, mas aconteceu o contrário: os senadores retiraram os pontos críticos do texto e aprovaram apenas o fundo eleitoral, sem estipular valor, mas que permite recursos públicos para as campanhas eleitorais de 2020.
Com a modificação no Senado, o projeto volta à Câmara para revisão, quando os deputados tentarão rejeitar as mudanças feitas pelos senadores e, dessa forma, retomar o texto original. Se aprovado, entre outras coisas, a proposta permitirá a compra de imóveis com o dinheiro público, além de passagens aéreas para terceiros, por exemplo, e abrirá as portas para o caixa 2, a impunidade e o afrouxamento de controles da Justiça Eleitoral.
Segundo Camarotti, o movimento pela volta do projeto já conta com o apoio do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), membros do Centrão e do PT.
Fonte: Jovem Pan