O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) se referiu ao ministro da Justiça, Sergio Moro, como ‘capanga da milícia’ e protagonizou uma discussão generalizada na Comissão Especial que analisa a prisão em segunda instânciaCapitão Augusto
O deputado Capitão Augusto (PL-SP) afirmou, durante entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta quarta-feira (12), que ingressará com uma representação contra os atos do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) no Conselho de Ética da Câmara.
O parlamentar do PSOL protagonizou mais cedo uma acalorada discussão com demais parlamentares durante uma Comissão Especial da Casa que discute a prisão após condenação em segunda instância.
Braga chamou o ministro da Justiça, Sergio Moro, de “capanga da milícia”, “capanga da família Bolsonaro” e “mentiroso”. Moro, que havia sido convidado para o debate, rebateu e afirmou que o deputado era “um desqualificado”.
Em seguida, outros parlamentares passaram a responder às acusações de Braga a Moro, e o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PL-AM), declarou encerrada a sessão. Houve até ameaça de agressão.
Para o Capitão Augusto, o comportamento de Braga não é aceitável. “Esse é um parlamentar que adora um showzinho e aproveitou a presença do ministro Sergio Moro para fazer esse teatro ofensivo ao ministro. A gente não pode se calar diante disso”, disse. “Acabei de falar na tribuna da Câmara e vou ingressar no Conselho de Ética contra os atos dele [Glauber Braga]”, completou o Capitão.
No entendimento dele, a chamada imunidade parlamentar não abrange ofensas, apenas opiniões. “A imunidade parlamentar é para opinião. E não para esse tipo de ofensa e acusação. Ele deveria responder criminalmente às graves acusações que fez contra o ministro Sergio Moro. Não podemos permitir um tratamento tão desrespeitoso com uma das figuras mais ilustres do Brasil”, afirmou.
Para o deputado, a Casa deve adotar medidas mais duras diante de comportamentos como o de Braga. “Ele não faz nada aqui e fica aguardando as câmeras para montar seu show. A Casa precisa de medidas mais duras diante disso”, ressaltou.
Sobre a suposta ligação da família Bolsonaro com milícias do Rio de Janeiro, o deputado afirmou que é preciso deixar “a Justiça apurar”.
“A Polícia e a Justiça estão apurando e a família que tem a maior lupa em cima disso é a do Bolsonaro. Isso compete à Justiça, que até agora não encontrou nada. Não tem um indiciamento. Eu prefiro, por conhecer o presidente Jair Bolsonaro, dar meu total voto de confiança. Esses parlamentares paladinos da Justiça foram os que ficaram caladinhos enquanto o PT roubava o Brasil”, acrescentou.
Fonte: Jovem Pan