Os jogos pedagógicos doados irão ampliar a capacidade cognitiva e motora, dando condições aos estudantes acompanhar as aulas regulares.
A Escola Municipal de Educação Básica de Várzea Grande – EMEB Antonio Joaquim de Arruda, do bairro Cristo Rei, que atende alunos com deficiência e Transtorno do Espectro do Autismo – TEA, recebeu materiais didáticos de tecnologia assistiva para alunos especiais, desenvolvidos pelo Programa de Educação Tutorial – PET Elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.
Os equipamentos são classificados como Jogos Didáticos, denominados de ‘Labirinto Elétrico’, ‘Questionário Eletrônico’ e ‘Painel Digital’ foram desenvolvidos pelos alunos do curso de Engenharia Elétrica da UFMT, com o apoio do departamento de Arquitetura e Urbanismo LabAU/Fab Lab e da diretora da escola, Ana Alice da Silva.
De acordo com a professora Maria das Graças Pereira Feltrin, que faz o Atendimento Educacional Especializado- AEE na Sala de Recursos Multinacional da escola, os jogos pedagógicos produzidos pelos alunos da UFMT irão permitir ampliar a capacidade cognitiva e motora dos alunos, dando condições ao estudante de acompanhar as aulas regulares de modo mais participativo. “É um jeito de brincar, testando as habilidades e coordenação motora dos alunos”, informou.
“Observamos os materiais didáticos usados pelos professores e chegamos à conclusão de que poderiam ser eletrônicos, para o melhor desempenho dos alunos. Além do ganho para as crianças na escola, a ação do projeto agregou também para os acadêmicos da UFMT descoberta, criação e conhecimento”, destaca o coordenador do projeto, professor Fabricio Parra.
O professor explica que o Labirinto Elétrico consiste basicamente em energizar um fio e tentar passar um anel sobre ele, sem encostar. O Questionário Eletrônico é uma caixa de madeira e um circuito dividido em duas colunas. A primeira dedicada às perguntas e a segunda as respostas. “O aluno deverá selecionar a pergunta e posteriormente a resposta, em caso de uma situação verdadeira, um LED verde será ligado, e em caso de uma resposta errada, nenhum tipo de sinalização será acionado.”
O Painel Digital trata-se da criação de um painel com vários botões ao redor. Ao pressionar um botão, um LED a frente do botão será ligado. Ao pressionar outro botão, o LED anterior será apagado e um novo LED na frente do botão pressionado será ligado. No interior do painel será adicionado, por meio de velcro, imagens conforme a necessidade e atividade desenvolvida pelo professor. Assim, ao realizar uma pergunta ao aluno especial, o mesmo poderá responder pressionando o botão que corresponde a imagem referente a resposta que será dada ao professor.
Todos os aparelhos funcionam com baterias recarregáveis, recicladas de notebook. Essas baterias foram doadas por professores, técnicos, alunos da UFMT e comunidade externa.
Para o secretário Silvio Fidelis, diante da necessidade de renovar e inovar os subsídios oferecidos de forma a suprir às necessidades especiais dos alunos com deficiência que são atendidos na escola municipal, a parceria com a UFMT, por meio do Programa de Educação Tutorial – PET Elétrica, que é desenvolvido por professores e alunos do Curso de Engenharia Eletroeletrônica, através do programa de Pós-graduação, é uma excelente ferramenta que permitirá tornar a escola mais inclusiva, podendo contar com esses recursos para melhorar as possibilidades de aprendizado dos alunos com deficiência. “Temos certeza que os equipamentos produzidos pelo Programa da UFMT irão proporcionar a ampliação da capacidade de atenção, concentração, memorização, raciocínio lógico e coordenação motora dos nossos alunos que necessitam desse tipo de atendimento especial, facilitando assim a comunicação e o aprendizado”, afirmou.