Após Bolsonaro, governador também passa a defender isolamento vertical

MENOS RESTRIÇÕES

O governador Mauro Mendes (DEM) decidiu apoiar o presidente da República Jair Bolsonaro e passou a defender “‘isolamento vertical” no combate à pandemia do coronavírus. A declaração foi dada em entrevista ao programa Tribuna da rádio Vila Real FM, desta quinta-feira (26).

“(Sim),exatamente, (a crise do coronavírus) vai durar 4 meses, o ministro disse, o mundo inteiro está mostrando isso. Como é que as pessoas aguentam isso? Como é que as pessoas vão comer”, respondeu Mendes ao ser questionado sobre o assunto.

O chamado “isolamento vertical” é quando apenas as pessoas que integram a faixa de risco – Idosos (Acima de 60 anos), pessoas com doenças pré existentes ou com suspeita de infecção – fiquem em casa em quarentena.

Mendes afirma que a tendência é que a crise da pandemia durará no mínimo uns 4 meses no Brasil, conforme informou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (MDB).

“Então vamos ficar 4 meses fechados? Tem cidade que não teve nenhum caso e o prefeito foi lá e fechou a cidade. Como é que as pessas vão comer, como é que vão abastecer essa cidade? Como é que o trabalhador da micro empresa, vai ficar pagando 4 meses de salário para o funcionário sem vender nada? Não vão”, disse.

O governo diz que vem defendendo o equilíbrio, com decisões técnicas, equilibrada e sensatas. “Por isso decidimos parar todo e qualquer encontro social, como as escolas, que podemos recuperar esse período. Mas não paramos nenhuma cidade de Mato Grosso. Por isso estamos dialogando com os prefeitos. Precisamos salvar vidas, mas não precisamos arruinar milhares e milhares de vidas de pessoas que podem perder seu empregos”, pontuou.

Críticas a Emanuel 

Mauro Mendes também voltou a criticar o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) sobre o decreto que visava proibir a circulação de ônibus na capital. A medida foi derrubada após o Estado conseguir uma liminar na justiça para que 30% da frota continuasse circulando.

“Aqui em Cuiabá nós recomentamos que os ônibus circulassem só com pessoas sentadas. E aí, respeitosamente, eu não quero fazer critica a ninguém, mas precisamos fazer um debate de ideia, mas mandou parar [a prefeitura de Cuiabá] todos os ônibus. Aí nós entramos na justiça questionando como o servidor da saúde iria chegar ao seu trabalho, nas unidades de saúde. Como as pessoas pobres que não tem um carro vão procurar uma unidade de saúde. Nós precisamos manter a sociedade funcionando. Não adianta colocar todo mundo dentro de casa, dois, três meses hibernada dentro da casa”, reclamou.

Mendes também criticou quem defende o isolamento horizontal – quando todas as pessoas ficam em casa – que vem sendo adotado gradativamente Brasil e em vários lugares do mundo.

“Nós precisamos fornecer comida para a população. Tem pessoas defendendo ficar dentro de casa, mas estão com as prateleiras da casa cheia de comida. Tem dinheiro no banco. Mas tem milhares e milhares de pessoas que não tem isso, não tem essa condição e precisam trabalhar. Temos que ter cuidado”, completa.

De acordo com especialistas, com menos pessoas circulando nas cidades, menor será o número de infectados, o que garante que a sobrecarga sobre os hospitais seja menor, e o número de mortos também.  Dados do Ministério da Saúde, apontam que o Brasil tem menos de dois leitos hospitalares para cada mil pessoas.

Fonte: GD (Por Pablo Rodrigo)

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