Ele foi entrevistado na Rádio Vila Real e falou sobre as ações da ALMT para conter os efeitos nocivos provocados pela pandemia do Covid-19
*Por Itimara Figueiredo
Diante do avanço da pandemia do coronavírus, doença altamente contagiosa, que obriga a paralisação de diversos setores com reflexos negativos na economia, inclusive, em Mato Grosso, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM) defende a união de todos os poderes e setor produtivo, na busca de ações que contenham a proliferação da doença e garanta, por exemplo, o sustento das famílias de baixa renda e sobrevivência de micro empreendedores. Botelho foi o entrevistado do programa Tribuna, da Rádio Vila Real, 98,3 FM, nesta sexta-feira (26). O programa é comandado pelas jornalistas Nahyara Moura e Verônica Raquel.
Oportunidade em que listou as ações que vêm debatendo com o Observatório Socioeconômico, comissão mista criada pela ALMT, presidida pelo deputado Carlos Avallone, para acompanhar o cenário estadual diante da pandemia da Covid-19. Disse que o momento independe de questão partidária é necessário que todos estejam unidos para que o Brasil supere a crise. Garantiu que a ALMT está empenhada em ajudar com corte nos gastos que propiciem a devolução de recursos ao governo, tanto que já devolveu do duodécimo R$ 10 milhões destinados exclusivamente à Saúde. E vai economizar ainda mais para devolver R$ 20 milhões.
Mesmo em período de quarentena, Botelho segue firme cumprindo a agenda e mantendo diálogo com os deputados e outros poderes. Hoje, a Casa de Leis prepara a primeira sessão remota. Na pauta, projetos que irão ajudar o estado a enfrentar a crise provocada pelo coronavírus. Também está em curso, segundo o presidente, a aprovação de um projeto que permita ao governo, por meio da MT Fomento, recorrer ao Tesouro Nacional para assegurar recursos a micro empreendedores. Uma forma, destaca Botelho, de ajudar os pequenos empresários que não terão condições de se manter com a paralisia das atividades.
Botelho também trocou ideias com os ouvintes do Tribuna. Falou sobre a atuação do governo federal; governo do estado e conclamou a importância da força-tarefa de todos para ajudar. Foi incisivo ao chamar a atenção dos produtores do Agronegócios que têm o dever de contribuir por ser um dos setores altamente rentável. Ressaltou que a crise está dando lucros exorbitantes para o Agronegócio, com a negociação da soja com valores elevados. “É hora de esses barões virem a público fazer doações valorosas. Tem que reunir e doar parte do lucro para ajudar no combate a pandemia. Porque outros setores vão sofrer, para o comércio será terrível”, alertou.
O parlamentar defende o diálogo integrado. “Precisamos primeiro ter união. Entender que o inimigo é comum! Disse ao se referir sobre a tomada de decisões diferentes dos gestores no período de quarentena. Defende que o momento é de cautela, pois a paralisação impactará fortemente a economia e ainda não se sabe quanto tempo vai durar.
“Como vai parar tudo? O que o trabalhador come é o que ganha no dia, na semana, no mês. E o ambulante, o cabeleireiro, um monte de trabalhador. Essas empresas pequenas não terão como pagar salários. Então, a convulsão social disso pode ser muito grave e muito pior que a própria doença. Temos que agir nas duas pontas: cuiadar da saúde e ajudar os trabalhadores. Vamos fazer isolamento. Evitar aglomerações. Vamos tomar todas as medidas necessárias para evitar a transmissão dessa doença e proteger nossos idosos. Estamos numa guerra e temos que ter união. Vou lutar para que haja essa união”, concluiu Botelho.