O objetivo da produção dessas máscaras de proteção é fornecê-las para hospitais, população urbana e rural, trabalhadores em geral e para a rede pública
Pelo menos 500 mil máscaras de proteção contra o novo coronavírus estão sendo produzidas por costureiras do Projeto Japuíra, desenvolvido pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) e pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), criado para a formação profissional no segmento de costura industrial.
O objetivo da produção dessas máscaras de proteção é fornecê-las para hospitais, população urbana e rural, trabalhadores em geral e para a rede pública de saúde.
As máscaras de proteção artesanais são recomendadas pelo Ministério da Saúde para ajudar a reduzir a disseminação do vírus da Covid-19, desde que sejam produzidas com algumas especificações básicas. Precisam ter duas camadas de tecidos, ou seja, que sejam de dupla face, devem cobrir totalmente a boca e o nariz, e são de uso individual. Após o uso, de no máximo duas horas, devem ser desinfectadas com água sanitária por dez minutos.
Essas máscaras contarão com uma proteção extra, pois será possível incluir um filtro de papel entre as duas camadas de tecido para ajudar a reter umidade, como o suor. “Fizemos testes com sprays e vimos que, com a inclusão dessa barreira, a máscara fica mais eficiente”, explica o diretor. Pode ser usado papel toalha ou filtro de café, mas precisa ser descartado após cada uso.
O diretor executivo do IMAmt, Alvaro Salles, explica que o projeto já produzia, dentre outros produtos, uniformes escolares para atender estudantes da rede estadual de ensino e enxovais para hospitais, incluindo o Hospital de Câncer de Mato Grosso, mas que com a pandemia, o Projeto Japuíra está inteiramente focado na confecção das máscaras para a minimização dos riscos.
Alguns produtores de algodão de Mato Grosso estão se mobilizando para a doação dos tecidos e a remuneração das costureiras ficou a cargo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). “Se tivermos mais parceiros, poderemos ampliar a produção para até um milhão de máscaras”, comenta o diretor.
Alternativa de renda – Atualmente, cem profissionais de costura dos municípios como Rondonópolis, Nova Ubiratan, Nova Mutum, Nova Brasilândia e Nortelândia estão produzindo as máscaras. “Profissionais de outros municípios podem fazer parte do projeto para complementação da renda, onde primeiramente é feita uma triagem, com o intuito de garantir a qualidade da costura”, explica.
O projeto Japuíra, idealizado pela AMPA e pelo IMAmt, teve início em 2002 e já capacitou mais de 3 mil costureiros, incluindo um grupo de detentos do presídio de Mata Grande, em Rondonópolis.
A proposta do Projeto Japuíra é a qualificação profissional no segmento de costura industrial, visando a geração de emprego, trabalho e renda junto aos municípios com baixos índices de desenvolvimento social.
A AMPA e o IMAmt buscam estender os benefícios da cotonicultura para a população que não trabalha diretamente no setor produtivo do algodão, demonstrando o compromisso dos cotonicultores com a melhoria das condições socioeconômicas do Estado, minimizando o número de desempregados.
O setor do algodão é o segundo que mais emprega no Brasil e está crescendo em Mato Grosso.
Serviço – Quem tiver interesse em produzir as máscaras deve entrar em contato com Sr. Osmar pelo telefone: (66) 99994-5452.