João Batista fez a afirmação durante a sabatina do secretário de Segurança Pública de MT e afirmou que o alvo seria a nova penitenciária de Várzea Grande
O deputado estadual João Batista (Pros), durante a sabatina do secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, na última quarta-feira (17), afirmou que o estado de Mato Grosso está “tomado por facções criminosas”, alertando que a nova penitenciária de Várzea Grande, que tem sua inauguração prevista para o próximo dia 30 deste mês, será o principal alvo. O tema veio à tona quando o parlamentar questionou a falta de uma muralha de contenção na unidade em questão.
“Tenho contato com outros setores da Segurança Pública de MT, e a situação é muito mais delicada do que aparenta. Ingressei com uma ação na Justiça contra esta inauguração. Os criminosos daqui estão fortemente armados, têm fuzis, pistolas com alto poder de fogo e acesso a um material bélico completo. Fazer a inauguração da forma como está, é o mesmo imputar aos servidores a decisão se comete, ou não, suicídio”, disse.
Na oportunidade, João Batista mencionou a decisão da juíza Célia Regina Vidotti, que negou a ação impetrada pelo parlamentar na última semana e trata da reabertura das cadeias públicas no interior do Estado, assim como a inauguração da nova unidade em Várzea Grande. “Nosso corpo jurídico já está tomando as devidas providências. Acredito que a complexidade da pauta vai muito além da nomenclatura escolhida, se trata, ou não trata, de uma Ação Popular (manifestação protocolada pelo deputado e negada pela juíza). O fato é que este Governo está depredando o sistema penitenciário e colocando em risco a vida dos servidores”.
Rebatendo a fala de Bustamante, na qual o secretário ameniza a situação e afirma que irá “selecionar” os reeducandos que serão transferidos, Batista disse que esta é apenas uma “utopia” da Secretaria de Segurança e que não faz parte da realidade de Mato Grosso.
“O criminoso daqui é um criminoso faccionado, com alto grau de periculosidade. Temos relatos de ataques às guarnições da Polícia Militar, principalmente em Várzea Grande, que são recebidos com tiro de fuzil. Dito isso, vamos insistir em construir alambrados? Eu conheço o sistema penitenciário de MT, já são 16 anos de experiência. Já posso até adiantar o que vai acontecer, o Governo vai inserir meia dúzia de presos para inauguração, mas daqui seis meses terá de mil a mil e quinhentos detentos, por isso digo que tudo não passa de uma utopia”, finalizou João Batista.