O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, falou sobre o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta terça-feira (23) que o governo federal pode assinar nesta semana um acordo para que o Brasil produza a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, da Inglaterra.
“Com a vacina da Universidade de Oxford, da AstraZeneca, estamos fechando coma a Casa Civil a assinatura do compromisso de participação do Brasil. Já estamos com a ligações paralelas com a Universidade e com a AstraZeneca já bem adiantadas, envolvendo a Fiocruz, a Bio-Manguinhos. E a Casa Civil está analisando essa assinatura para os próximos momentos, de hoje para amanhã, para esta semana”, afirmou em sessão com senadores e deputados federais.
A vacina já está sendo testada no Brasil. A Fundação Lemann, que patrocina o estudo no país, informou nesta segunda-feira (22) que os primeiros testes com voluntários começaram em São Paulo no fim de semana.
Segundo Pazuello, o governo também estuda parcerias similares para outras vacinas que se mostraram promissoras contra a Covid-19. “As outras iniciativas são referentes à Moderna, que é americana, e a uma chinesa, talvez na mesma linha daquela de São Paulo. Isso nós estamos trabalhando em paralelo. E, sim, é o objetivo número um do SUS e do ministério que a gente tenha acesso e entrada direta junto à estrutura de fabricação, para que a gente não perca o bonde, para podermos participar e ter a liberdade de fabricar a vacina, de não só a comprar, mas também de fabricá-la”, afirmou.
Com relação aos medicamentos utilizados no tratamento da Covid-19, o ministro interino disse que a pasta tem trabalhado com fabricantes para evitar desbastecimento.
“Nós estamos trabalhando direto com os fabricantes. Fazemos reuniões direto com a indústria nacional. Estamos acompanhando essa variação, e não nos pareceu ainda, pelo que foi visto em termos de fabricação e em termos de dobrar a capacidade de produção, que a nossa indústria não tenha condição de nos apoiar. O Ministério está fazendo outra estratégia de reserva para o caso de haver uma necessidade efetivamente emergencial nesse ou naquele município, nessa ou naquela instituição. Se não houver apoio mútuo para se resolver isso ou se a indústria não tiver conseguido entregar, a gente vai fazer esse aporte, para que não haja falta efetiva de medicamento aqui”, apontou.
Apesar da fala de Pazuello, ainda não há nenhum medicamento com eficácia comprovada contra a Covid-19. Uma das drogas estudadas pelo governo brasileiro era Annita, um vermífugo. “Ele foi um medicamento que ainda não tem uma comprovação científica definida e tem sido usado como preventivo. Mas o Ministério não se posicionou ainda por não termos uma resposta científica já concordada”, explicou.
*Com Agência Senado