Os incêndios registrados no Brasil perdem para os da Argentina e nem se comparam com os da África
“Focos de queimadas na Amazônia em junho foram os maiores para o mês nos últimos 13 anos, diz Inpe.” “Amazônia tem maior número de queimadas nas primeiras semanas de junho desde 2007.” “Queimada na Amazônia em junho é a maior dos últimos 13 anos.”
Quem lê as manchetes acima, todas publicadas em sites e jornais nas últimas semanas, imagina que a Floresta Amazônica está em chamas. Não é assim — simplesmente não é.
Uma imagem de 18 de julho, emitida pelo Fire Information for Resource Management System (Firms) do Earth System Data (Esdis) da Nasa, mostra os focos de fogo ativos na vegetação do mundo nas 24 horas anteriores. Como se pode constatar, os incêndios registrados no Brasil perdem para os da Argentina e nem se comparam com os que consomem a segunda maior floresta tropical do mundo, a da Bacia do Congo, e a Ilha de Madagascar, ambas na África.
No Brasil, há clarões na altura do Piauí, do Maranhão e na chamada Amazônia legal — que tem uma vegetação bem diferente da que existe na floresta tropical. Pelo menos essa desculpa não poderá mais ser usada para justificar possíveis punições de empresas e governos internacionais para não investir no país.
As fotos da Nasa refletem a realidade do ponto de vista científico. Não se trata de uma opinião.
Fonte: Revista Oeste (revistaoeste.com)