Segunda maior cidade de Mato Grosso está aliando aos cuidados com a Covid-19 para alertar sobre a incidência de outras enfermidades
A Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande está ampliando sua atuação no combate de doenças endêmicas como a dengue, Zika e Chikungunya que tem sua incidência aumentada durante o período chuvoso, sendo que Várzea Grande em um passado recente atingiu patamares de epidemia que foram controladas após uma forte atuação do Poder Público Municipal com o apoio da própria população.
Segundo estudos técnicos o período chuvoso é de alerta para notificações dos casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti como zika vírus e chikungunya. A tendência é de que apareçam novos focos de mosquitos diante da possibilidade de antigos reservatórios de água encherem novamente, ativando o ciclo do Aedes e acúmulo de água.
“Todas as atenções estão sendo voltadas para o combate da COVID-19, mas nós da Saúde Pública de Várzea Grande, não descuidamos de outras doenças que afetam a população e podem trazer maiores problemas quando combinados entre si, por isso, precisamos, apenas que a população para que não deixem de se cuidar, adotando todas as medidas de biossegurança para a COVID-19 que servem para as demais enfermidades, lembrando que no que diz respeito a dengue não devemos permitir que águas fiquem empoçadas ou sejam focos de proliferação do mosquito Aedes Aegypti”, disse o secretário de saúde interino, Gonçalo Barros.
A forma mais eficaz de prevenção da dengue, zika e chikungunya, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde de Várzea Grande, Relva Cristina, é o combate ao Aedes aegypti, não deixando o mosquito nascer. “Os principais criadouros do mosquito ainda são encontrados nas residências, principalmente nos quintais, como baldes sem tampa, vasilhas, pratos de plantas e caixas d’água destampadas, e também no ambiente de trabalho. Mas não se pode descuidar da atenção a pequenos reservatórios, como vasos de plantas, calhas entupidas, garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, reservatório de água dos animais domésticos, quintal que deve ser mantido limpo, entre outros, porque, considerado um inseto doméstico, o Aedes é um mosquito oportunista, sempre estando próximo a locais de circulação de pessoas e alimenta-se preferencialmente durante o dia, mas também pode picar à noite”.
De acordo com o Boletim Epidemiológico de Várzea Grande o ano de 2020 fechou com 333 casos confirmados de dengue, e 44 de Chikungunya. Os dados de janeiro deste ano serão fechados no mês de fevereiro, como explica a Superintendente de Vigilância em Saúde, Relva Cristina, o banco de dados está aberto, para que as unidades de saúde registrem as notificações do primeiro mês do ano.
Relva salienta que os trabalhos de educação e orientação à população ajudam no combate ao mosquito. “Trabalhamos em Várzea Grande com estratégias específicas e o manejo ambiental em locais que estão com mais número de casos. As equipes de agente de endemias e comunitários desenvolvem o trabalho de casa-em-casa orientando os moradores de como combater o mosquito e eliminar criadouros, além de fazer o controle químico. Trabalhamos integrados com a secretaria de Serviços Públicos, que promove a limpeza urbana e entre outras estratégias de combate com a sociedade civil organizada”, destacou Relva Cristina.
A parceria de vários órgãos em prol do combate ao mosquito da dengue, segundo Relva Cristina é importante porque essa é uma responsabilidade de todos, um trabalho árduo para o bem de todos.
“Não podemos cruzar os braços, todos os dias são dias de combate e alerta. A dengue é uma doença séria, que mata e, por isso, as ações vão continuar diariamente por todo o ano. O período das chuvas chegou e precisamos estar atentos, já que o Aedes aegypti costuma desovar nessa época e com possibilidade de grande proliferação”, conclui a superintendente.