Algumas medidas devem ser observadas e adotadas para evitar doenças respiratórias
O período de inverno, principalmente o mês de agosto, é conhecido por potencializar várias doenças como gripes e alergias, pelo tempo seco. Porém outro fator vem preocupando a saúde pública, a baixa umidade relativa do ar. O mês vem registrando um nível baixo de umidade relativa do ar, abaixo de 30% na baixada cuiabana. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um nível considerado aceitável deve estar acima dos 30%.
A baixa umidade também causa desconforto. Segundo o superintendente de Atenção Primária à Saúde de Várzea Grande, Geovane Renfro, algumas atitudes podem ajudar a diminuir os problemas causados pela falta de chuva, e a baixa umidade requer cuidados, principalmente, com as pessoas que já têm ou tiveram sintomas de doenças do aparelho respiratório. “As Unidades Básicas de Saúde de Várzea Grande estão orientando os pacientes, principalmente idosos e crianças, a tomarem algumas medidas para evitar agravamento de doenças respiratórias, principalmente, nesta época de pandemia da Covid-19 que também ataca o sistema respiratório”.
O superintendente destaca que cuidados com a saúde começam sempre com uma boa hidratação e alimentação saudável. “Antes de qualquer coisa, é sempre importante a pessoa assumir uma alimentação saudável e se hidratar bastante. Além disso, quando estiver em casa, deixe o ambiente livre para a circulação de ar, bem limpo e sem a presença de objetos que acumulem poeira, como cortinas, carpetes, tapetes e brinquedos, por exemplo, de pelúcia”, disse ele.
Com a queda da umidade, existem duas preocupações principais para a saúde. Além do ar poluído, as vias aéreas ficam mais ressecadas, o que favorece a intensificação de problemas respiratórios.
“Com toda esta poluição, de queimadas, ar seco, ventos, fica mais difícil para a via respiratória se defender do ar com a qualidade ruim. Além disso, os cílios das narinas, que são responsáveis por filtrar o ar, passam a ter mais dificuldade para trabalhar, tanto ressecamento pode causar até sangramentos no nariz, mas uma boa dica para quem tem problemas respiratórios como rinite e sinusite é a utilização de soro fisiológico para hidratar as narinas. Além disso, algumas atitudes em casa ajudam a diminuir os transtornos. Algumas dicas são simples e podem ajudar as pessoas, como a utilização de panos úmidos para a limpeza, evitando as vassouras, e a colocação de bacias com água em ambientes da casa”, disse.
Com relação aos umidificadores, que podem ajudar a melhorar a qualidade do ar dentro de casa, existem vários tipos, mas o uso deles também deve ser controlado. “Esses umidificadores mais modernos jogam uma névoa bem fina, que dificilmente vai deixar todo o ambiente úmido. A recomendação é de que a pessoa utilize 3 a 4 horas antes de deitar e desligue-o. Se o ambiente tiver almofadas e cortinas, tanto vapor pode provocar o surgimento de fungos, o que não é saudável, e piora a respiração”, alertou Giovane Renfro.
Outra dica fundamental e a mais importante é o consumo de líquidos para evitar a desidratação durante os períodos de seca. “As pessoas, principalmente idosos e crianças, devem beber bastante água, mesmo sem sentir sede, pois quando a boca está seca já significa que começou o processo de desidratação. Os jovens não abrem mão dos exercícios físicos, o alerta é para que escolham horários específicos. “A pessoa deve fazer os exercícios em horários que a umidade não esteja tão baixa, evitando o período entre meio-dia e seis da tarde, bem como a dica vale para os adultos. Os idosos não devem fazer alongamentos que exijam desgaste físico”, orientou.
Esta combinação de queimadas, baixa umidade do ar e altas temperaturas, têm feito mal à saúde de muitos várzea-grandenses, nesta época do ano, quando a falta de chuvas, atrelada à fumaça, vem castigando e causando ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz, bem como o agravamento de doenças respiratórias, que são casos mais frequentes registrados nas unidades básicas de saúde da cidade. Portanto crianças, idosos e pessoas que já possuem histórico de problemas respiratórios são os grupos que acabam sendo mais vulneráveis às doenças neste período, e os cuidados precisam ser redobrados.