Brasil fica em 4º lugar no ranking global de investimento, segundo relatório da OCDE

Posição pré-pandemia recuperada em 2021 é mantida no balanço parcial de 2022

Segundo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sobre o 1º trimestre, o Brasil está em 4º lugar no ranking de investimentos externos direto em 2022.

O relatório é o mais recente sobre o saldo do que entra e do que sai dos países para comprar ou capitalizar empresas, entre outros itens. O documento divulgado em abril não tem os dados do Brasil por causa da greve do Banco Central (BC). O número saiu, mas com atraso.

O critério usado no relatório da OCDE é o do princípio direcional, diferente do conceito usado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que o BC divulga normalmente.

O Brasil também ficou no 4º lugar global em 2021 com saldo de US$ 50 bilhões. O valor é inferior aos US$ 65 bilhões de 2019, mas superior aos US$ 28 bilhões de 2020. A pandemia derrubou os investimentos no mundo. Mais ainda no Brasil. O país ficou em 7º em 2020.

O ranking da OCDE é diferente de outras comparações globais. Exclui Hong Kong, região administrativa da China normalmente tratada como economia independente, e também Cingapura. A razão é que o dinheiro que entra nesses países em geral é direcionado para investimentos em outros locais.

Em 2011 o Brasil conseguiu saldo de US$ 97 bilhões, valor nominal da época, o máximo desde o início da série histórica (2005). Representaram 5,6% do total mundial. O Brasil ficou em 3º no ranking. Voltou a essa posição em 2014. Depois piorou. Só voltou ao 4º lugar em 2019.

O economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), Robin Brooks, publicou em seu perfil no Twitter na 2ª feira (12) que os investimentos estrangeiros estão voltando para as máximas históricas no Brasil mesmo com a proximidade das eleições.

Brooks já havia mencionado que as perspectivas de crescimento para o Brasil nos próximos anos são muito positivas. Ele atribui as dificuldades a partir de 2014 à exploração do gás de xisto nos EUA. Isso derrubou os preços do petróleo. Afirmou que nos próximos anos não será assim. O Brasil como exportador de petróleo e outras commodities será beneficiado.

Proporção do PIB

O saldo de investimentos externos recebidos pelo Brasil em 2021 foi o maior como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), consideradas as 15 maiores economias do ranking do Banco Mundial. A proporção do Brasil foi 3,15%. O Canadá ficou em 2º lugar, com 3,03%.

A proporção mais baixa na lista foi a da Itália, com 0,4%. Quanto maior o número, mais relevante é a contribuição dos investimentos para o crescimento econômico.

Veja a proporção entre investimento externo e PIB das 15 maiores economias listadas pelo Banco Mundial: 

Estados Unidos – 1,76%

China – 1,89%

Japão – 0,5%

Alemanha – 0,74%

Reino Unido – 0,86%

Índia – 1,41%

França – 0,92%

Itália – 0,4%

Canadá – 3,03%

Coreia do Sul – 0,93%

Rússia – 2,16%

Brasil – 3,15%

Austrália – 1,92%

Espanha – 1,01%

México – 1,44%.

Fonte: Contábeis – contabeis.com.br – com informações do Poder360

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