Gonçalves Dias atuou de maneira condescendente com os atos de vandalismo, afirma o partido
Em mais um capítulo da crise no governo Lula, o partido Novo protocolou representação para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) instaure processo criminal por prevaricação contra o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias.
O general da reserva, amigo de longa data do presidente Lula, estava no Planalto em 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram o local. As imagens das câmeras internas de segurança, divulgadas pela CNN na quarta-feira 19, também mostram outros integrantes da GSI em interação com os invasores.
Em razão disso, o Novo, na representação protocolada na quinta-feira 20, pede investigação do ex-ministro por prevaricação, já que “se omitiu do seu dever de adotar providência necessária para a salvaguarda e a proteção do Palácio do Planalto”.
“O ex-ministro atuou de maneira condescendente com os atos de vandalismo e de depredação do patrimônio público, inclusive conduzindo os invasores a outros locais ou à saída de alguns locais do Palácio do Planalto”, escreveu o Novo, na representação, assinada pelo presidente nacional do partido, Eduardo Ribeiro.
A omissão do ex-ministro de Lula, afirmou o Novo, permitiu que graves danos fossem cometidos. “Diversas medidas para mitigá-los ou atenuá-los”, ponderou a legenda, mas os militares “encontravam-se totalmente atordoados e sem um líder para indicar como proceder em situação de emergência e de urgência”.
Depois da divulgação das imagens, Gonçalves Dias faltou à sessão da Câmara, na qual seria ouvido, e pediu demissão do cargo.
Fonte: Revista Oeste – revistaoeste.com