A Defesa Civil acompanhou toda a ação do Corpo de Bombeiros, monitorando a área e agilizando o suporte para o trabalho.
Uma área administrativa – onde estão os equipamentos, circuito de vigilância, telefone e dados dos servidores – não foi atingida pelo incêndio que destruiu o Shopping Popular na madrugada desta segunda-feira (15). A constatação foi realizada pelas equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil de Cuiabá e Perícia Oficial (Politec).
“A sala de equipamentos não foi destruída. Está tudo normal. As DVRs (Digital Video Recorder) estão intactas, graças a Deus, e podem ajudar na elucidação dos fatos”, frisou o diretor da Defesa Civil do Município, Ozeias Souza. Ele pontua que cabe à Politec e à Polícia Judiciária Civil a apuração sobre as causas do incêndio, que destruiu a estrutura onde estavam em funcionamento 600 espaços comerciais. A Defesa Civil acompanhou toda a ação do Corpo de Bombeiros, monitorando a área e agilizando o suporte para o trabalho.
A Defesa Civil agilizou três caminhões-pipa para ajudar no combate às chamas, assim como disponibilizou uma máquina pá-carregadeira (apresenta uma estrutura frontal com uma grande caçamba para acomodar cargas volumosas).
Ozeias relembra que é uma atribuição da Defesa Civil prestar o suporte operacional às equipes do Corpo de Bombeiros. O diretor lembra ainda que o trabalho é minucioso e que ainda é prematuro tecer avaliações, mas que a localização de equipamentos intactos poderá contribuir com as investigações. Pondera que, apesar do ambiente estar preservado, o local está sendo monitorado pelas equipes devido à destruição total das demais dependências do estabelecimento comercial.
Na manhã desta segunda-feira (15), enquanto presenciava o trabalho das equipes e as ruínas do espaço comercial, o presidente da Associação do Shopping Popular, Misael Galvão, disse buscar forças em Deus para lidar com toda a situação que afetava seus filhos e filhas e tantas outras famílias. “É assim que vejo cada um deles, como meus filhos. Vamos buscar forças em Deus e vamos reconstruir das cinzas”, frisou.
O prefeito Emanuel Pinheiro, a primeira autoridade a chegar no local consumido pelo fogo no início da manhã, em solidariedade às vítimas e ao presidente Misael Galvão, declarou que a “Prefeitura de Cuiabá não medirá esforços para auxiliar os comerciantes”. Ainda nesta segunda-feira, o gestor anunciou: o trabalho conjunto do Cuiabanco e Desenvolve MT para maior assertividade na concessão de linhas de crédito e a cessão do espaço do Complexo Dom Aquino para a reabertura (em caráter temporário) de um centro comercial. A Secretaria de Ordem Pública irá auxiliar no processo de legalização das empresas e fornecer a documentação necessária para viabilizar as possibilidades de crédito, além de garantir a segurança do local. A Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) e a Secretaria de Obras Públicas, mediante liberação do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, irão atuar imediatamente para liberar a área e manter a limpeza e a ordem pública.
O centro de compras popular beneficiava cerca de 600 famílias, gerando mais de três mil empregos diretos e indiretos, e terá também um protocolo de apoio psicossocial específico por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência, uma proposta sugerida pela primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro.