Presidente da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social do TCE-MT, o conselheiro Guilherme Antonio Maluf falou sobre a importância do Setembro Amarelo para reflexão sobre saúde mental.
No Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, celebrado em 10 de setembro, o presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Guilherme Antonio Maluf, fez um alerta sobre o crescente índice de suicídios no Brasil e a necessidade urgente de se discutir políticas públicas de valorização da vida.
Durante a sessão ordinária do Plenário Presencial de terça-feira, destacou a importância da campanha do Setembro Amarelo para reflexão sobre saúde mental. “As taxas de suicídio no país são alarmantes. Infelizmente, na contramão da Europa, o Brasil vem aumentando os índices. Dados da revista científica sobre medicina, The Lancet, mostram que o suicídio entre os jovens cresceu 6% ao ano na última década. A média geral da população é de 3,7%, uma pessoa morre por suicídio a cada 45 minutos, são 14 mil pessoas por ano, 38 por dia. É uma doença endêmica, que mata mais do que malária, HIV e câncer de mama”, asseverou.
Maluf salientou a importância de trazer o tema para o centro do debate das instituições, dos Poderes e da sociedade. “Precisamos fazer campanhas e todas as instituições públicas precisam aderir, fazer uma reflexão profunda e valorizar cada vez mais a vida. Precisamos observar casos que começam com depressão, a última casuística mostrou que o mundo tem hoje, aproximadamente, 300 milhões de depressivos e isso pode levar ao suicídio.”
Nesse sentido, ressaltou o encontro que será realizado pelo TCE-MT no próximo dia 19, intitulado de “Saúde Mental – Novo Olhar para Mato Grosso” e a prática exitosa de São José do Rio Claro, que será apresentada na oportunidade. “O presidente Sérgio Ricardo nos designou a fazer esse evento, quando vamos trazer essa experiência ímpar no Brasil. O município trouxe a saúde mental para a atenção primária, trata como questão de saúde básica, desde os agentes de saúde, os enfermeiros, já observam se as pessoas têm depressão, dependência química, e trazem para os postos de saúde fazerem o acolhimento. É isso, precisamos discutir, propor políticas públicas, levar aos executores sugestões e boas práticas, não adianta ter só estrutura de atendimento, precisamos valorizar a vida”.
O conselheiro também fez questão de destacar o trabalho que é realizado pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), que é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, com atendimento voluntário e gratuito 24 horas por dia para apoio emocional e prevenção do suicídio a todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
No TCE-MT, ao longo de todo mês, a Secretaria Executiva de Gestão de Pessoas, por meio do Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho, promove uma série de ações voltadas à valorização da vida. Clique aqui e confira.