ALMT instala CST da genética dos zebuínos

A proposta é encontrar meios para aprimorar a qualidade do rebanho e aumentar a competitividade entre os produtores

A instalação da Câmara Setorial (CST) Temática da Genética dos Zebuínos pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso marca um importante passo para o avanço do setor agropecuário no estado. Ela foi instalada nesta segunda-feira (17) e tem 180 dias para entregar um relatório, apontando os caminhos para melhorar a genética da raça zebuína em todo o estado.

De acordo o deputado e primeiro secretário da ALMT, Dr. João (MDB), autor do Requerimento da CST da genética dos zebuínos, os integrantes têm o objetivo de discutir e promover o desenvolvimento de tecnologias e práticas de melhoramento genético para a raça zebuína, com isso, encontrar meios de aprimorar a qualidade do rebanho e aumentar a competitividade entre os produtores.

“O que discutimos aqui é que somos os maiores, mas temos que ser os melhores produtores, temos que ser o protagonista em nível nacional, principalmente, dos zebuínos. É uma raça maravilhosa, uma raça nelore que é extremamente produtiva. Por isso, o melhoramento genético é importante para todos os grandes, médios e os pequenos produtores”, explicou Dr. João.

O relator da CST, Alexandre El Hage, que é presidente da Associação dos Nelores de Mato Grosso, afirmou que os integrantes da câmara vão fazer reuniões para definir os temas necessários e, com isso, discutir com o governador Mauro Mendes o melhor caminho para melhorar o fator genético dos zebuínos em Mato Grosso. A próxima reunião da CST, segundo ele, está agendada para o dia 31 de março, com horário ainda a ser definido.

“Hoje, Mato Grosso lidera o país com quase 35 milhões de cabeças de gado, que é praticamente 10 animais para cada habitante mato-grossense. Isso faz do estado uma fortaleza porque temos o maior rebanho do Brasil. Se Mato Grosso fosse um país estaríamos entre os 10 maiores produtores de carne do mundo. Mas ainda temos que melhorar no genético e na pastagem, mantendo o homem no campo”, disse El Hage.

Ele afirmou ainda que Mato Grosso tem a maior habilitação das plantas para exportação de carnes para países como Egito, China e Hong Kong. “Mato Grosso está muito bem posicionado, com qualidade e com volume da carne. É um estado que segura a barra quando a carne, no resto do Brasil, está mais escassa. Mas com a ciência e a tecnologia, vamos aumentar esse processo produtivo”, disse El Hage.

Para o representante da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Olímpio Brito, a CST é importante para dar ao Estado uma ‘pujança maior’ à raça nelore, que segundo ele representa 90% do rebanho (nelore puro ou anelorado). “Quando há um trabalho de melhoramento genético ou de uma raça tão expressiva, as outras vêm ao encontro. Por isso a comissão, apesar de falar do nelore, mas vamos levar junto por osmose, as outras raças do estado de Mato Grosso”, disse Brito.

O presidente da CST, José Esteves de Lacerda Filho, afirmou que a Comissão vai debruçar no estudo do melhoramento genético dos zebuínos em Mato Grosso. Segundo ele, apenas 5% dos produtores têm mais de mil cabeças de gado, enquanto que 81% têm até 300 cabeças.

“Isso significa que a produção do estado de Mato Grosso ainda pratica o sistema convencional (extensiva) de criação do gado. O melhoramento genético representa a melhora da produção de leite e ainda reduz o tempo para o abate do gado. Vamos trabalhar para dar um avanço tecnológico e cientifico na produção dos zebuínos. Com essa melhoria vai diminuir a pressão do desmatamento em Mato Grosso”, explicou José Lacerda.

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